Pearl Jam toca Temple of the Dog pela 1ª vez desde morte de Chris Cornell

A etapa 2024 da turnê Dark Matter, em que o Pearl Jam promove seu novo álbum de mesmo título, chegou ao fim no último sábado (23). A apresentação derradeira foi realizada no ENGIE Stadium, em Sydney, na Austrália.

Como habitual, o grupo executou um longo repertório, totalizando 27 músicas e duas horas e meia de espetáculo. Em meio a surpresas como “Dissident” (executada pela primeira vez na tour) e uma versão de “No Surrender” dedicada ao próprio autor Bruce Springsteen, o vocalista Eddie Vedder e companhia resolveram tocar “Hunger Strike”, canção mais popular do projeto paralelo Temple of the Dog, pela primeira vez desde 2014.

Fundado no início da década de 1990, o Temple of the Dog foi criado por Chris Cornell, saudoso vocalista do Soundgarden, como forma de homenagear o amigo Andrew Wood, cantor do Malfunkshun e Mother Love Bone falecido em março de 1990. Para a ocasião, ele trouxe seu próprio baterista, Matt Cameron (que se juntaria ao Pearl Jam em 1998), e vários amigos do Pearl Jam: Vedder, os guitarristas Stone Gossard e Mike McCready e o baixista Jeff Ament. Vale destacar que Gossard e Ament tocaram com Wood no Mother Love Bone.

A iniciativa rendeu um álbum homônimo, em 1991, lançado antes mesmo do Pearl Jam disponibilizar seu disco de estreia, Ten. Ao longo dos anos, Vedder e seus parceiros tocaram “Hunger Strike” nos shows com alguma frequência, mas a ausência de uma década pode ter sido motivada, também, pela morte de Cornell, em 2017. A execução da música em Sydney foi a primeira desde a perda.